quinta-feira, 11 de março de 2010

Síntese do artigo - Rentabilizar a Internet no Ensino Básico e Secundário: Dos Recursos e Ferramentas Online aos LMS...


Neste texto apresento uma breve síntese do artigo Rentabilizar a Internet no Ensino Básico e Secundário: dos Recursos e Ferramentas Online aos LMS, de Ana Amélia Amorim Carvalho, onde se defende, explicitamente, a utilização dos recursos que existem na Web, salientando a necessidade de saber pesquisar, saber avaliar a informação encontrada e saber referir as fontes correctamente.

É, antes de mais, importante que os alunos saibam distinguir citar de plagiar. Assim sendo, torna-se fundamental que os docentes, enquanto agentes da educação e formação, os oriente nesse sentindo, alertando-os para a importância de se referir as fontes consultadas, uma vez que a transcrição literal de um trabalho feito por outrém é um acto de desmerecimento e desrespeito pelo próximo. Para que tal não aconteça, é essencial que o aluno seja capaz de organizar as ideias, citando-as, resumindo-as, comentando-as, criticando-as, mas nunca plagiando.

Existe um leque muitíssimo diversificado de ferramentas gratuitas e disponíveis na Web que permitem a construção de blogs, wikis, podcasts, mapas de conceitos, etc., que despertam o interesse dos alunos, motivando-os à aprendizagem. Estes, que também podem publicar online, recebendo comentários dos colegas, do professor e, certamente, de outros cibernautas.

Os alunos podem, através da internet, desenvolver o seu espírito crítico, comentando os trabalhos dos colegas, desenvolvendo trabalhos colaborativos, apropriando-se da facilidade de publicar e de interagir na Web através das ferramentas disponibilizadas na Web 2.0.

Os docentes devem ser sensíveis à importância destas ferramentas, desenvolvendo sites com recursos, actividades, ferramentas colaborativas e de comunicação, criando uma dinâmica interactiva com os mais jovens, onde se estabelece uma partilha de trabalhos, dúvidas e reflexões e onde se fomente a aprendizagem em grupo (colaborativa) através de tarefas desafiantes/ motivadoras.

As funcionalidades acima mencionadas podem ser levadas a cabo numa plataforma de apoio à aprendizagem, onde o professor e os alunos possam ter a privacidade necessária e onde se sintam seguros, não se expondo a outros cibernautas.

A plataforma exige do professor conhecimento da tecnologia, criatividade e muita dedicação para conceber e dinamizar actividades.

Existem também outras plataformas, como a “Escola Virtual”, que disponibilizam os conteúdos programáticos de cada disciplina com actividades interactivas e orientadoras da aprendizagem dos alunos.

Compete ao Ministério da Educação disponibilizar conteúdos interactivos e com qualidade para os diferentes níveis de ensino, como acontece, por exemplo, no Brasil no site RIVED (Rede Interactiva Virtual de Educação), onde há muitos objectos de aprendizagem prontos a serem reutilizados, que pretendem estimular o raciocínio e o pensamento crítico.

Assim sendo, o professor pode descarregar os conteúdos e inseri-los na plataforma, na sua disciplina. Ambientes em 3D têm vindo a ganhar popularidade como Active Worlds, There, Red Light Center, destacando-se o Second Life (SL). O mundo virtual em 3D é construído pelos residentes, criando cada um a sua personagem. Tem sido usado sobretudo no ensino superior, mas desde 2005, foi criado um espaço para adolescentes, o Teen Second Life.

Os resultados favoráveis obtidos no estudo piloto, fazem encarar o ambiente como promissor de aprendizagem em ambientes 3D. É, sem dúvida, uma nova forma de educar, que apoiará, certamente, a aprendizagem das pessoas ao longo da vida. Integrará espaços físicos e virtuais, tendo como foco o processo.

Tecnologias móveis, como Tablet PCs, PDAs e telemóveis, estão a ficar menos dispendiosas, o acesso em qualquer lugar e a qualquer hora à informação desejada online começa a ficar facilitado.

Em Setembro de 2007 surge, também, o programa e-Iniciativas, no âmbito do projecto Novas Oportunidades, para professores e alunos do ensino básico e secundário, entre outros, poderem adquirir computador portátil e acesso a banda larga a preços reduzidos.

É, verdadeiramente, imperioso alertar para a necessidade de se ter um espírito aberto e adaptável a novas ferramentas que podem ser rentabilizadas no processo de ensino - aprendizagem.

O que actualmente parece fascinante, brevemente será fruto do passado, uma lembrança desvanecida com o tempo, isto graças ao rápido e inevitável avanço/ progresso das novas tecnologias.

Com a vinda do novo browser Seadragon pode alterar-se o modo como usámos os ecrãs e navegamos na informação. Com o Surface da Microsoft vamos alterar o modo como interagimos com o conteúdo digital: sem rato nem teclado, o ecrã está integrado numa mesa e com as mãos interage-se no conteúdo, permitindo também que várias pessoas trabalhem simultaneamente.

Enfim, com todas estas inovações que se instalaram na nossa sociedade, muita coisa, seguramente, se irá transformar, tanto na forma como interagimos como no conteúdo e no modo como comunicamos, no entanto o importante é criar situações que envolvam os alunos na aprendizagem, ajudando-os a desenvolver o pensamento crítico, preparando-os para as tomadas de decisão que ao longo da vida terão, certamente que, numa sociedade tão globalizada e concorrencial como é, de facto, a nossa.

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