terça-feira, 23 de março de 2010

Indicadores de Qualidade de Sites Educativos de Ana Amélia Amorim Carvalho

Com a progressão avassaladora das novas tecnologias e, em particular, da informação disponível na Web, torna-se, efectivamente, urgente ensinar os mais jovens a “navegar”nesta nova e complexa dimensão, visto que é essencial saber distinguir a informação relevante da dispensável, um site fiável de um site que, de facto, não o é. Há, assim, indicadores que ajudam a identificar a qualidade de um site e, em particular, de um site educativo.

A informação a disponibilizar pode estar em qualquer formato e deve abarcar o conteúdo disponibilizado, as ajudas ao utilizador e as perguntas frequentes (FAQs), as sugestões e actividades, para que professores e encarregados de educação explorarem o site com os alunos ou os educandos, respectivamente.
Por sua vez, cada conteúdo deve ter um título, a indicação do autor, assim como as suas credenciais e contactos, a data, as referências bibliográficas e estar correcto do ponto de vista gramatical e ortográfico.




a) Como avaliar a informação online


Para avaliar a informação online devemos ter, essencialmente, em linha de conta os seis indicadores de qualidade que se seguem e que permitem inferir da sua credibilidade e actualidade.

a) Temática e adequação às orientações curriculares, isto é, se o site incluir informação para diferentes níveis de ensino, deve explicitar, para cada situação, o nível para o qual a informação foi estruturada.

b) Abordagem feita ao assunto, ou seja, deve ter em conta o nível escolar dos destinatários. Deve, também, verificar-se se o fio condutor é lógico e coerente e se o nível linguístico está adaptado aos destinatários.

Quanto aos conteúdos deve verificar-se a abordagem que é feita em amplitude e em profundidade, bem como o rigor e a objectividade com que é apresentado. Deve-se avaliar se a informação é completa e rigorosa e se o autor apresenta evidências do que defende.
Aspectos éticos e morais devem, também, ser respeitados.

c) Correcção do texto (escrito ou oral)

O texto deve estar correcto do ponto de vista gramatical e ortográfico se for escrito e gramatical e prosódico se for falado.

d) Referências bibliográficas

As referências bibliográficas e as hiperligações a sites documentam a credibilidade da informação. Particularmente, se indicarem sites de qualidade e específicos da temática e se as referências bibliográficas impressas forem específicas da temática.


e) Data e actualidade

Deve ser indicada a data em que foi produzido, disponibilizado e, se pertinente, da última actualização. No caso em que determinado conteúdo só seja disponibilizado posteriormente à fase de concepção, deve colocar-se a data em que, por exemplo, o texto foi escrito.

f) Autor

É importante que toda a informação contenha o nome do seu autor, caso contrário, a responsabilidade do conteúdo é atribuída ao responsável do site. Deve, também, ter informação sobre as credenciais do autor, que atestem a sua experiência, especialidade ou investigação sobre a temática abordada. É também importante o endereço electrónico para contactos, para que o utilizador possa solicitar esclarecimentos sobre o conteúdo apresentado.

b) Como analisar um Website educativo

Um site é constituído por um conjunto de páginas ligadas entre si, estabelecendo hiperligações a outros sites. A página de entrada deve disponibilizar o título do site, a sua finalidade, o público-alvo, a pessoa ou entidade responsável por ele, os contactos, as datas de criação e de actualização.

Um site educativo, em particular, deve ter subjacente os princípios básicos estruturais, de navegação, de orientação, de design e de comunicação de qualquer site contudo, para além disso, um site educativo tem que motivar os utilizadores a aprender, a consultar e a explorar a informação disponível. Para isso, o site deve integrar actividades diversificadas.

Indicadores de qualidade de um site educativo

Os indicadores de qualidade de site educativo baseiam-se, fundamentalmente, na norma ISO/IEC 9126-1 (2001).

As dimensões, que integram os indicadores de qualidade de um site educativo, são nove, designadamente: a identidade, a usabilidade, a rapidez de acesso, os níveis de interactividade, a informação, as actividades, a edição colaborativa online, o espaço de partilha e a comunicação.

Identidade
(Home page)

A primeira dimensão, Identidade, integra o nome do site, o seu propósito ou finalidade, autoria, data de criação e a última actualização, optimização do site, motor de pesquisa, novidades e o RSS. Todos estes elementos devem, porém, estar presentes na página inicial, de modo a serem facilmente identificados.

Usabilidade

Esta dimensão, por sua vez, remete-nos para a facilidade do uso e para a acessibilidade na aprendizagem, que se traduzirá na satisfação sentida, ou não, pelo utilizador. Assim sendo, deverá reunir a estrutura do site, a navegação e orientação no site, o interface.

- Estrutura do site

A estrutura do site é, de facto, fundamental, visto que um site mal estruturado, torna-se pouco acessível, dificultando a navegação dos demais cibernautas.

- Navegação e orientação no site
(Implicações da estrutura na navegação e na orientação do utilizador)

Nesta segunda dimensão, deve ter-se em linha de conta a representação e classificação da estrutura, assim como o menu e respectivos submenus.

- Interface (aspecto gráfico)

Quando ao aspecto gráfico de um site, deve prestar-se particular atenção à apresentação do layout das páginas, o espaçamento entre linhas e parágrafos, o tipo de caracteres (com ou sem serifa), as imagens, vídeo e som e as hiperligações.

Rapidez de acesso

No que à rapidez de acesso diz respeito, deve verificar-se o tempo de acesso ao site e as ligações às páginas internas, de modo a verificar se há falhas nas diversas ligações, factor determinante para a rapidez e facilidade de navegação.

Níveis de interactividade

Quanto aos níveis de interactividade devemos ter em conta os seguintes parâmetros:
- O utilizador vê, lê, ouve e clica;
- O utilizador desloca ou movimenta objectos;
- O utilizador preenche e envia;
- O utilizador preenche e verifica;
- O utilizador constrói um texto colaborativamente online.

Informação
(conteúdo)

Num site educativo, a temática e adequação às orientações é, sem dúvida, um factor determinante. A abordagem feita ao assunto, a correcção do texto, as referências bibliográficas, a data, a actualidade, bem como o autor, são informações imprescindíveis e que devem ser tidas em conta na análise de um site.

Actividades (sites educativos)

As actividades têm como objectivo central levar os alunos a conhecerem a informação disponível no site ou outras temáticas complementares em outros sites afins.
É, de facto, imperioso que as actividades motivem/incentivem os alunos para a aprendizagem (individual ou colaborativa). Para que tal seja possível, deve apresentar-se, aos mais novos, um leque diversificado, de forma a fomentar o interesse dos mesmos.

- Principais actividades:

Pesquisa orientada (Caça ao Tesouro, WQ;
Jogos diversificados;
Exercícios com correcção automática.

Edição colaborativa
A edição colaborativa permite que vários sujeitos cooperem para um objectivo comum ( Blog, Wiki, etc.).

Espaço de partilha

Espaço onde podem ser disponibilizados trabalhos realizados pelos professores ou, até mesmo, pelos alunos, de modo a estarem acessíveis a todos os utilizadores.
Os trabalhos - desenhos, relatórios, podcasts, etc.- podem ser validados por alguém antes de serem disponibilizados.

Comunicação

Um site deve possibilitar a comunicação entre os utilizadores, de modo a que se estabeleça troca de informações, impressões, pontos de vista. Deverá existir um espaço professores, encarregados de educação e alunos possam participar e comunicar de um modo prático e acessível.

O correio electrónico, fóruns, chats (áudio e vídeo), Twitter (ferramentas da Web 2.0), redes sociais de um modo geral são, sem dúvida, locais que privilegiam a comunicação.

Todos estes factores servem, de facto, para facilitar o acesso dos demais cibernautas, devendo conter o maior número de informação possível sobre o seu autor, ser de fácil utilização e bem estruturado. A facilidade de acesso e de utilização, são, também, determinantes para o bom funcionamento e para a qualidade de um site. Deve ser um espaço atraente, que suscite o interesse dos mais jovens, contendo uma linguagem acessível, adequada aos interesses e às necessidades daqueles.

Neste sentido, todo site que se preze, deve conter, também, actividades variadas, de modo a estimular o seu destinatário. Este, que tendo ao seu dispor um leque tão diversificado de actividades (extra-curriculares) pode não se sentir estimulado e motivado a navegar nesta nova dimensão. Assim, a meu ver, o site deve funcionar como um local onde se dê asas à imaginação, um espaço de partilha e de trabalho colaborativo, onde os jovens possam interagir e abrir novos horizontes, aprendendo e, até mesmo, ensinando sempre mais.

Reflexão pessoal...


Numa sociedade como a nossa, onde as novas tecnologias têm assumido um papel preponderante e dado o progresso avassalador da Web como recurso informativo, torna-se imperioso saber identificar os indicadores de qualidade de um site educativo.

Os indicadores de qualidade estão directamente relacionados com os componentes de um site educativo e com as tecnologias actuais. Deve destacar-se o papel das actividades como motivadoras da exploração do conteúdo disponibilizado no site, podendo estas proporcionar aprendizagem colaborativa.

Ferramentas colaborativas online, tais como o wiki e o blogue, auxiliam o processo de construção colaborativa e de edição, e estão a transformar o modo de publicação na Web. Elas constituem um indício da evolução que vai ocorrer na Web 2.0.

Neste sentido, deve também alertar-se para o facto de que se um site contiver conteúdos adequados ao nível escolar dos seus alunos, mas sem actividades, cabe ao professor propor actividades estimulantes que orientem a pesquisa do seu conteúdo.

É, de facto, fundamental que o docente, enquanto orientador e elemento fulcral do processo ensino - aprendizagem, tire o melhor partido dos sites educativos com qualidade existentes na Web, rentabilizando a informação online, educando e incentivando os alunos para a Sociedade da Informação.

sexta-feira, 19 de março de 2010

A nossa Educação...



Na vida não basta ser-se culto, é necessário ser competente e humano...

sábado, 13 de março de 2010

A mutabilidade a que tudo está, inevitavelmente, sujeito...

Nos tempos actuais, tudo progride avassaladoramente. Cada dia se vão descobrindo coisas novas, e sobretudo que muitas das certezas do dia anterior já foram postas em dúvida. Por isso a escola corre efectivamente o risco de ver totalmente ultrapassado, dentro de pouco tempo, aquilo que ensinou aos alunos como se tratando das verdades mais seguras. (...)

"Ensinar", hoje, será sobretudo armar o aluno de todos os requisitos necessários para que tenha possibilidade de enveredar pelo caminho da reciclagem constante, da actualização, do autodidactismo, da educação permanente. (...)

O aluno, se tem que estar preparado para viver num futuro cujas balizas não são previsíveis sequer, também não pode ver descurado o seu presente, que os currículos de ensino, normalmente, se esforçam por abarcar. e além disso, todas as verdadeiras mudanças terão que radicar em conquistas anteriores, e será em relação a estas que aquelas, que com mais ou menos repentismo, se acabarão por demarcar.

Querer preparar o futuro sem assentar bases no presente, será um erro tão repreensível como querer compreender o presente apenas com a herança do passado.


(SILVA, Lino Moreira da, (1983). Planificação e Metodologia - O Sucesso Escolar em Debate. Porto: Porto Editora.)

quinta-feira, 11 de março de 2010

Reflexão crítica...

Antes de mais, considero importante ter em linha de conta a origem da palavra computador, para que , seguidamente, possamos reflectir sobre esta temática que se afigura tão aliciante quanto complexa....

Cum + putare = pensar comigo > Computador

Após uma leitura do interessantíssimo artigo “Rentabilizar a Internet no Ensino Básico e Secundário”, que desde já aconselho vivamente, podemos (e devemos) reflectir sobre alguns aspectos que considero fundamentais para todos aqueles que queiram ingressar na área de ensino.

É do conhecimento comum que as novas tecnologias, e em particular a Internet, têm vindo a evoluir de um modo impressionante, revolucionando a comunicação e a aprendizagem. É, de facto, um meio indispensável a todo e qualquer ser humano, que actualmente se vê, de algum modo, envolto numa nova e fascinante dimensão.

Muitos estudiosos se debruçaram sobre esta temática, e todos parecem defender que o mundo das tecnologias é quase que imprescindível ao homem, uma vez que possibilita comunicar com os demais cibernautas com uma enorme rapidez e encontrar informações valiosas em segundos, facilitando, assim, o processo de ensino – aprendizagem, nomeadamente o ensino à distância.

Com o aparecimento da Web 2.0, emergiu um sistema mais interactivo e dinâmico, tais como o Blogger, Facebook, Hi5, entre outros). Deste modo, a actualmente vulgarizada net ganhou enormes potencialidades, e ainda mais adeptos, atraindo cada vez mais jovens, tornando-se, sem dúvida, uma ferramenta cada vez mais preciosa de apoio ao ensino.

Porém, é necessário não descurar da importância que o professor adquire, enquanto “personagem” fulcral no processo de ensino – aprendizagem. Aquele deve ser capaz de ajudar os alunos nas mais diversas actividades e, antes de mais, orientá-los, de modo a que saibam distinguir a informação relevante da informação desnecessária.

É certo que, se uma a pesquisa for realizada sem qualquer regra, ou orientação o discente poderá desorientar-se, acabando por perder o rumo certo.

Actividades como a “Caça ao Tesouro” ou a “WebQuest” que incentivam o trabalho em grupo, são fundamentais para que os alunos saibam seleccionar de modo adequado a informação, para que o trabalho por eles elaborado tenha o sucesso pretendido.
É, desta forma, deveras importante orientar os alunos na avaliação da informação encontrada, fornecendo-lhes as ferramentas necessárias para que consigam identificar elementos que os orientem nesse processo.

Neste seguimento, considero pertinente referir outro aspecto que não pode ser, jamais, esquecido, o plágio. Para que tal não aconteça é essencial que o aluno seja capaz de organizar as ideias, citando-as, resumindo-as, comentando-as, criticando-as, mas nunca plagiando, acto de desmerecimento e desrespeito pelo próximo.

É, sem sombra de dúvida, imperioso que se ensine aos alunos métodos e formas de trabalhar um texto, fazendo referência às fontes consultadas.

Através das novas tecnologias, nomeadamente, da Internet, os docentes podem potenciar o processo de ensino-aprendizagem. Por exemplo, o facto de um aluno saber que o seu trabalho poderá ser publicado no blog da disciplina, certamente será um grande estímulo para um maior empenho do aluno, bem como é uma ferramenta óptima para a comunidade académica e extra-académica comentar o trabalho do aluno, num enriquecimento intelectual comum. Para além disso, as plataformas e ferramentas da internet podem ser óptimas para apresentarem planificações de aulas, actividades a trabalhas com os alunos, apontadores para sítios relevantes, repositório de documentos importantes para a disciplina, ou como também pode ser óptimo para actividades colaborativas (por exemplo, o professor coloca uma questão no fórum e os alunos vão debatendo e reflectindo por escrito).

Assim, e em jeito de conclusão, julgo importante que se reflicta sobre esta nova dimensão que entrou inevitavelmente nas nossas vidas, revolucionando a nossa forma de ser e estar. Através dela temos a comunicação muito mais facilitada e o processo de ensino – aprendizagem muito mais dinamizado, sendo, de facto, mais dos muitos estímulos à nossa imaginação e criatividade.

Síntese do artigo - Rentabilizar a Internet no Ensino Básico e Secundário: Dos Recursos e Ferramentas Online aos LMS...


Neste texto apresento uma breve síntese do artigo Rentabilizar a Internet no Ensino Básico e Secundário: dos Recursos e Ferramentas Online aos LMS, de Ana Amélia Amorim Carvalho, onde se defende, explicitamente, a utilização dos recursos que existem na Web, salientando a necessidade de saber pesquisar, saber avaliar a informação encontrada e saber referir as fontes correctamente.

É, antes de mais, importante que os alunos saibam distinguir citar de plagiar. Assim sendo, torna-se fundamental que os docentes, enquanto agentes da educação e formação, os oriente nesse sentindo, alertando-os para a importância de se referir as fontes consultadas, uma vez que a transcrição literal de um trabalho feito por outrém é um acto de desmerecimento e desrespeito pelo próximo. Para que tal não aconteça, é essencial que o aluno seja capaz de organizar as ideias, citando-as, resumindo-as, comentando-as, criticando-as, mas nunca plagiando.

Existe um leque muitíssimo diversificado de ferramentas gratuitas e disponíveis na Web que permitem a construção de blogs, wikis, podcasts, mapas de conceitos, etc., que despertam o interesse dos alunos, motivando-os à aprendizagem. Estes, que também podem publicar online, recebendo comentários dos colegas, do professor e, certamente, de outros cibernautas.

Os alunos podem, através da internet, desenvolver o seu espírito crítico, comentando os trabalhos dos colegas, desenvolvendo trabalhos colaborativos, apropriando-se da facilidade de publicar e de interagir na Web através das ferramentas disponibilizadas na Web 2.0.

Os docentes devem ser sensíveis à importância destas ferramentas, desenvolvendo sites com recursos, actividades, ferramentas colaborativas e de comunicação, criando uma dinâmica interactiva com os mais jovens, onde se estabelece uma partilha de trabalhos, dúvidas e reflexões e onde se fomente a aprendizagem em grupo (colaborativa) através de tarefas desafiantes/ motivadoras.

As funcionalidades acima mencionadas podem ser levadas a cabo numa plataforma de apoio à aprendizagem, onde o professor e os alunos possam ter a privacidade necessária e onde se sintam seguros, não se expondo a outros cibernautas.

A plataforma exige do professor conhecimento da tecnologia, criatividade e muita dedicação para conceber e dinamizar actividades.

Existem também outras plataformas, como a “Escola Virtual”, que disponibilizam os conteúdos programáticos de cada disciplina com actividades interactivas e orientadoras da aprendizagem dos alunos.

Compete ao Ministério da Educação disponibilizar conteúdos interactivos e com qualidade para os diferentes níveis de ensino, como acontece, por exemplo, no Brasil no site RIVED (Rede Interactiva Virtual de Educação), onde há muitos objectos de aprendizagem prontos a serem reutilizados, que pretendem estimular o raciocínio e o pensamento crítico.

Assim sendo, o professor pode descarregar os conteúdos e inseri-los na plataforma, na sua disciplina. Ambientes em 3D têm vindo a ganhar popularidade como Active Worlds, There, Red Light Center, destacando-se o Second Life (SL). O mundo virtual em 3D é construído pelos residentes, criando cada um a sua personagem. Tem sido usado sobretudo no ensino superior, mas desde 2005, foi criado um espaço para adolescentes, o Teen Second Life.

Os resultados favoráveis obtidos no estudo piloto, fazem encarar o ambiente como promissor de aprendizagem em ambientes 3D. É, sem dúvida, uma nova forma de educar, que apoiará, certamente, a aprendizagem das pessoas ao longo da vida. Integrará espaços físicos e virtuais, tendo como foco o processo.

Tecnologias móveis, como Tablet PCs, PDAs e telemóveis, estão a ficar menos dispendiosas, o acesso em qualquer lugar e a qualquer hora à informação desejada online começa a ficar facilitado.

Em Setembro de 2007 surge, também, o programa e-Iniciativas, no âmbito do projecto Novas Oportunidades, para professores e alunos do ensino básico e secundário, entre outros, poderem adquirir computador portátil e acesso a banda larga a preços reduzidos.

É, verdadeiramente, imperioso alertar para a necessidade de se ter um espírito aberto e adaptável a novas ferramentas que podem ser rentabilizadas no processo de ensino - aprendizagem.

O que actualmente parece fascinante, brevemente será fruto do passado, uma lembrança desvanecida com o tempo, isto graças ao rápido e inevitável avanço/ progresso das novas tecnologias.

Com a vinda do novo browser Seadragon pode alterar-se o modo como usámos os ecrãs e navegamos na informação. Com o Surface da Microsoft vamos alterar o modo como interagimos com o conteúdo digital: sem rato nem teclado, o ecrã está integrado numa mesa e com as mãos interage-se no conteúdo, permitindo também que várias pessoas trabalhem simultaneamente.

Enfim, com todas estas inovações que se instalaram na nossa sociedade, muita coisa, seguramente, se irá transformar, tanto na forma como interagimos como no conteúdo e no modo como comunicamos, no entanto o importante é criar situações que envolvam os alunos na aprendizagem, ajudando-os a desenvolver o pensamento crítico, preparando-os para as tomadas de decisão que ao longo da vida terão, certamente que, numa sociedade tão globalizada e concorrencial como é, de facto, a nossa.

terça-feira, 9 de março de 2010

Plano tecnológico de Educação


O Plano Tecnológico da Educação (PTE) é o maior programa de modernização tecnológica das escolas portuguesas, aprovado em Agosto de 2007 pelo Governo.

O PTE interliga de forma integrada e coerente um esforço ímpar na infra-estruturação tecnológica das escolas, na disponibilização de conteúdos e serviços em linha e no reforço das competências TIC de alunos, docentes e não docentes.

Com o PTE, as escolas portuguesas estão a transformar-se em espaços de interactividade e de partilha sem barreiras, preparando as novas gerações para os desafios da sociedade do conhecimento.

A ambição do PTE é a de colocar Portugal entre os cinco países europeus mais avançados em matéria de modernização tecnológica das escolas até 2010.

a) O três eixos de actuação do PTE são os seguintes:

-Tecnologia;
-Conteúdos;
-Formação.


b) Os projectos afectos aos três eixos de actuação:

Eixo de actuação A - Tecnologia :

Principais projectos relacionados:

- Kit Tecnológico Escola, cujo objectivo é aumentar o número de computadores, equipamento de apoio, a disponibilidade e os equipamentos para utilização fora dos períodos de aula;

- Internet de Banda Larga de Alta Velocidade, destinada à revisão do modelo de concetividade;

- Internet nas salas de aula, de modo a reestruturar as redes de área local;

- Cartão Electrónico do Aluno , de forma a generalizar a utilização de plataformas de cartão do aluno;

- Videovigilância , cuja finalidade é generalizar a utilização de sistemas de segurança electrónicos.


Outros projectos relacionados:


- Centro de Apoio Tecnológico às Escolas.

Eixo de actuação B - Conteúdos:

Principais projectos afectos:


- Mais-escola.pt ( Portal da escola com funcionalidades de partilha de conteúdos, ensino à distância e colaboração);

- Escola Simplex (Plataforma electrónica de apoio à Gestão);

Outros projectos relacionados:

- Manuais escolares electrónicos;

- Plataforma de comunicação electrónica integrada;

Eixo de actuação C - Formação:

Principais projectos afectos:

- Formação e certificação de competências TIC - Formação Pro, cuja finalidade é essencialmente a restruturação do modelo de formação de docentes em TIC e a instituição de mecanismos de certificado de competências TIC;

- Avaliação Electrónica, que visa, sobretudo, a utilização de meios informáticos na avaliação escolar;

Outros projectos relacionados:

- Integração das TIC nos métodos de ensino e aprendizagem;

- Literacia em Aplicações Open Source.

c) Após uma análise, embora superficial, do Plano Tecnológico de Educação podemos verificar que existe, de facto, uma proximidade com a proposta de Jonassen. Este defende a utilização dos computadores como apoio à aprendizagem significativa.

Ambos apostam, e a meu ver muito bem, na utilização de aplicações informáticas como ferramentas cognitivas, de modo a fomentar e a promover a qualidade de pensamento diversificado, incentivando os alunos a pensar criticamente sobre os mais dispares assuntos.

É do conhecimento comum que o computador, utilizado devidamente, afigura-se como uma "ferramenta" importante no apoio ao ensino/aprendizagem, facilitando a vida dos discentes. Estes, que tendo ao seu dispor um leque tão diversificado de actividades que se afiguram, muitas vezes, mais aliciantes do que o próprio estudo, necessitam de meios capazes de fomentar o seu interesse, que os motivem, e nada melhor do que as novas tecnologias para fazê-lo.

Através do computador, os nossos jovens têm ao seu dispor ferramentas que lhes possibilitam o acesso a informação diversificada e fundamental à sua formação.

O docente, que tem a importante responsabilidade de educar e de formar os nossos jovens, deve incutir, desde cedo, este gosto/ interesse pelo mundo tão mágico das tecnologias informáticas, fornecendo-lhes as ferramentas indispensáveis para que possam aceder a essa nova dimensão.

É óbvio que o PTE é apenas uma possibilidade de escolha, o docente pode ou não usufruir desses meios, isso ficará ao seu critério.

O professor não pode nunca esquecer que tudo no ensino está sujeito à mutabilidade e que não pode nunca fugir dela. Assim sendo, as tecnologias devem ser por eles explorada e esmiuçada, para que se possam actualizar, modernizando os seus modos de leccionar, de modo a dinamizarem as suas aulas.

quinta-feira, 4 de março de 2010

terça-feira, 2 de março de 2010

O poeta dos poetas...



Um dos meus poetas predilectos é, de facto, Fernando Pessoa. A capacidade com que nos toca, a emotividade que transmite em cada palavra e a sua imaginação prodigiosa marcaram o meu curto percurso existencial, enquanto aluno e futura professora...

"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,mas não esqueço que a minha vida é a maior empresa do mundo. E posso evitar que ela vá à falência.Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e tornar-se um autor da própria história.É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Pedras no caminho?Guardo todas, um dia vou construir um castelo..." (FERNANDO PESSOA )

Beyonce


Sendo a música uma das minhas grandes paixões, achei pertinente colocar no meu blogue uma das cantoras que mais admiro, não só como profissional, mas também enquanto pessoa...

Um passo rumo ao futuro...

No âmbito da unidade curricular de Tecnologia Educativa foi-nos proposta a elaboração de um blogue pessoal, onde publicassemos todos os trabalhos realizados ao longo do semestre lectivo.
Confesso que inicialmente me suscitou algum receio, uma vez que desconhecia certos conceitos e programas, porém, também me suscitou particular interesse, na medida em que se afigurará, certamente, útil quando docente, tornando-se uma mais valia nas diversas actividades que me serão seguramente impostas...